Amazonas decreta emergência ambiental após registrar quase 4 mil queimadas só em setembro

Amazonas registrou 3.925 focos de queimadas nos primeiros dez dias de setembro. Com isso, esse já é o segundo pior mês de setembro desde 2021. No consolidado do ano, o estado registra 11.736 queimadas.

 Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

O governador Wilson Lima decretou, nesta terça-feira (12), emergência ambiental no Amazonas. A medida visa reduzir os impactos do desmatamento ilegal e de queimadas em todo o estado.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas registrou 3.925 focos de queimadas nos primeiros dez dias de setembro. Com isso, esse já é o segundo pior mês de setembro desde 2021. No consolidado do ano, o estado registra 11.736 queimadas.

O decreto vai abranger os municípios de Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Canutama, Lábrea, Boca do Acre, Tapauá e Maués, no sul do estado; e Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Careiro Castanho, Autazes, Silves, Itapiranga, Manaquiri e a própria capital, na Região Metropolitana de Manaus.

Segundo o governo do estado, a situação de emergência ambiental vai durar 90 dias.

A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) coordenará a articulação do decreto com os demais órgãos para definir e executar as estratégias de combate ao desmatamento e de queimadas na região.

Já ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) caberá a coordenação da execução operacional das ações de resposta às ocorrências, que também terá apoio da Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP).

Outras medidas

Lima também anunciou R$ 1,1 milhão para remunerar a atuação de 153 brigadistas em nove municípios no combate a focos de queimadas dentro do chamado “arco do desmatamento”, no sul do Amazonas, onde estão os municípios que concentram o maior número de focos de calor.

O projeto é uma cooperação entre a Sema e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), com apoio financeiro da organização Rewild para aquisição de materiais e equipamentos e está previsto para durar sete meses, a partir da data de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a FAS.

Cada município terá equipes atuando em apoio às ações já em curso, como as Operações Tamoiotatá e Aceiro, por meio da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que contam, no total, com um efetivo de 339 agentes estaduais e da Força Nacional.

O Corpo de Bombeiros montou uma sala de situação para controle do Painel do Fogo, ferramenta que permite o monitoramento via satélite dos focos de calor. A sala de situação, além do monitoramento, fará o compilado técnico e detalhado dos dados diários de ocorrências de incêndio na capital e interior.

Fonte: G1 AM

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