As entidades enfatizam que o Festival de Parintins é um patrimônio cultural do povo amazonense, resultado do esforço conjunto das Nações Azul e Vermelha e solicitam que o processo seja imediatamente suspenso.
As Associações Boi-Bumbá Caprichoso e Boi-Bumbá Garantido manifestaram nesta quarta-feira (18), em nota pública, sua insatisfação em relação ao Edital de Dispensa de Licitação nº 007/2024, publicado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia
Criativa do Amazonas (SEC-AM). O edital determina a contratação de uma empresa para gerenciar a venda de ingressos do Festival de Parintins 2025. Uma decisão considerada por ambas diretorias como “unilateral e sem a consulta prévia das agremiações responsáveis pelo evento”.
No documento, as associações ressaltam que a comercialização de ingressos é “uma prerrogativa exclusiva delas, essencial para o financiamento dos espetáculos realizados no bumbódromo”. Segundo as entidades, essa medida representa “uma grave violação da autonomia das associações e desrespeita décadas de tradição, comprometendo a essência do maior festival folclórico do Brasil”.
A nota destaca ainda que que a decisão não apenas retira o controle financeiro das associações, mas também ameaça a viabilidade do festival e a dignidade dos trabalhadores, artesãos e artistas envolvidos. “Além disso, o novo modelo prejudica acordos históricos com patrocinadores que apoiam o evento há anos”, destaca a nota.
As entidades enfatizam que o Festival de Parintins é um patrimônio cultural do povo amazonense, resultado do esforço conjunto das Nações Azul e Vermelha e solicitam que o processo seja imediatamente suspenso.
“Não aceitaremos que decisões unilaterais e alheias às nossas realidades coloquem em risco a grandeza e a autenticidade do festival. O processo deve ser imediatamente suspenso e o diálogo deve prevalecer para assegurar o respeito às tradições, à autonomia e à cultura dos bois Caprichoso e Garantido”, conclui a nota.
A equipe de reportagem de A CRÍTICA procurou a SEC-AM, questionou se o órgão já recebeu a notificação e solicitou uma nota de posicionamento do Estado a respeito. A matéria segue em atualização.
Por A Crítica