Criminosos tentam controlar a vida na Amazônia

Foto: Divulgação

Os grupos criminosos em atuação na Amazônia demonstram, até agora, poder de mobilização de recursos financeiros e humanos para agir. Assassinatos de indígenas e submissão de comunidades indígenas, de agricultores familiares, religiosos a uma ação de silenciamento e medo está se transformando em regime na parte mais profunda da região onde a ausência do Estado é muito sentida.

No Amazonas, populações que habitam áreas em disputa por narcotraficantes, garimpeiros e madeireiros vivem o drama da produção do silenciamento. Sofrem ameaças, são vítimas de agressões, têm parentes mortos e não podem se manifestar publicamente porque estão sob a mira dos grupos que articulam diferentes áreas de poder e se fazem a “lei” e a “ordem”

No item garimpeiros em terra indígena o que a sociedade brasileira e mundial assiste em sequência semanal é a medição de força com grupos confrontando as determinações legais. Chama a atenção o volume de dinheiro investido nessas operações o que possibilita manter um grande número de homens e equipamentos nessas áreas expondo as linhas da rede em torno da garimpagem e de negócios relacionados.

A pressão e o avanço desses grupamentos, se o Estado brasileiro não conseguir estabelecer ações efetivas de enfrentamento e de presença contínua, serão maiores e os ataques também. A Amazônia e, particularmente o Amazonas, estão colocados como a região a ser base das investidas dos empreendimentos predatórios. No Amazonas, o índice de devastação ambiental cresce e os planos dos grandes investimentos, por exemplo na área minerária, tendem a agravar o cenário atual.

Para a maior parcela das populações de municípios onde se dão os conflitos a angústia de viver amedrontada é o saldo das investidas feitas. A permanência dos incêndios e a derrubada de árvores na Amazônia e dos garimpeiros nas terras dos indígenas são alguns dos dados para manter a violência como regra de vida cotidiana. Os relatos de comunidades sobre essa situação compõem um quadro amplo do que acontece no interior do Amazonas e de outros estados amazônicos onde esses grupos estão vivendo como prisioneiros, pois, estão sendo vigiados o tempo todo. Um tipo de vida que se agrava porque se soma a outras situações de vulnerabilidade em que vivem.

Por A Critica

Compartilhe :

WhatsApp
Facebook
Telegram
Twitter

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas notícias
Categorias

Subscribe our newsletter

Purus ut praesent facilisi dictumst sollicitudin cubilia ridiculus.