Com o reforço humano, total de brigadistas atuando na região deve chegar a 289. A ministra do Meio Ambiente anunciou, também, que apenas 22 planos de trabalhos foram enviados pelos municípios em emergência: os planos são necessários para a destinação de recursos para ajuda humanitária
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, realizou uma entrevista coletiva, juntamente com os presidentes do Ibama, Rodrigo Agostinho, e do ICMBio, Mauro Pires, além dos representantes do Inpe/MCTI e da Defesa Civil/MIDR, para anunciar novas medidas de combate aos incêndios florestais que ocorrem no estado do Amazonas. As medidas foram anunciadas após diversas cidades do estado, como Manaus, Autazes e Parintins, ficarem cobertas por uma densa nuvem de fumaça proveniente do alto número de queimadas na região.
Na entrevista coletiva, Marina Silva anunciou o encaminhamento de mais 100 brigadistas a caminho do Amazonas, totalizando 289 no combate aos incêndios florestais. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) será enviado com o encaminhamento de mais 200 kits com equipamentos destinados ao combate aos focos de incêndio na região.
Marina Silva afirmou que serão destinados os recursos necessários para a ajuda humanitária a partir do envio dos planos de trabalho municipais encaminhados para o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Até o momento, apenas 22 planos de trabalho foram enviados. A expectativa é que até o fim da próxima semana, todos os 55 planos das cidades em estado de emergência no Amazonas estejam entregues para a mobilização de ações.
André Lima, do Fundo Amazônia, anunciou a disponibilidade de R$ 35 milhões destinadas a ações de monitoramento.
“Enviaremos o quanto de recursos forem necessários, de acordo com os planos de trabalho” afirma Marina Silva.
A situação no Amazonas
O presidente do IBAMA, Rodrigo Agostinho, afirmou que somente ontem, um recorte de 1664 focos de calor no Amazonas foram detectados, com maior índice no estado, nos municípios de Autazes, com 141 focos, e na região do Careiro, com 110 focos de calor. Rodrigo aponta o agravamento da situação a partir do mês de julho deste ano.
As principais áreas afetadas apontadas pelo presidente do IBAMA se concentram na região sul do estado, como Apuí, e áreas urbanas no entorno de Manaus, como Iranduba, Presidente Figueiredo, Itacoatiara e Manacapuru. De acordo com os índices levantados pelo órgão, cerca de 73,5% dos focos de incêndio ocorreram em áreas já desmatadas.
:Rodrigo pontuou que a qualidade do ar em Manaus está considerada 10 vezes pior do que o recomendado pela Organização Mundial dá Saúde (OMS) devido à fumaça causada pelos incêndios.
O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que as previsões apontam para continuidade dos incêndios no Amazonas até novembro
Por A Crítica