A ação acontece após um grupo de pesquisadores aplicarem uma tinta de argila natural sobre as gravuras com a intenção de “ressaltar os atributos” das figuras.
A Polícia Federal realizou fiscalização no sítio arqueológico Pontas das Lages, neste sábado (28), para fiscalizar e impedir possíveis ações contra danos ao pedral com gravuras rupestres milenares, que se tornou visível com a seca severa do Rio Negro.
Além da Polícia Federal, a Prefeitura de Manaus também esteve no local na sexta-feira (27) e neste sábado (28) para fiscalizar o local.

O Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN) junto com o Instituto Soka Amazônia realizaram ação de limpeza de resíduos sólidos no Sítio Arqueológico Ponta das Lajes, com 200 voluntários, que foram cadastrados e orientados para ação na área.
As gravuras do sítio arqueológico Ponta das Lajes passam boa parte do tempo submersas. Elas haviam ficado visíveis na última grande seca, em 2010. Neste ano, em que a cidade registrou a maior vazante em 121 anos de leitura pelo porto de Manaus, elas voltaram a ficar expostas, atraindo curiosos ao lugar.
Por esta razão, o Iphan teme que os visitantes danifiquem ou subtraiam parte do material, que é considerado patrimônio cultural brasileiro.
Em nota divulgada nesta semana, o Iphan destacou que todos os bens arqueológicos pertencem à União, sendo que a legislação veda qualquer tipo de aproveitamento econômico de artefatos arqueológicos, assim como sua destruição e mutilação.
As gravuras

Conhecidas popularmente como “caretas”, por terem semelhanças com expressões humanas, gravuras rupestres esculpidas em paredes rochosas há mais de mil anos voltaram a aparecer, em Manaus, devido à seca histórica do Rio Negro, que registra o nível mais baixo em 121 anos de medição. Veja mais fotos abaixo.
As gravuras estão localizadas dentro da área urbana da capital amazonense, em uma região conhecida como “Praia das Lajes”, de onde se tem uma vista privilegiada para o Encontro das Águas. O local foi o primeiro de Manaus a ser registrado no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Por G1 AM