Rede de pedofilia comandada por padre no interior do AM tem prisão de mais uma participante

“Ela trabalhava na paróquia e tinha a função dele era aliciar as menores da diocese. Não temos informações se ela recebia algo a mais do Padre, como dinheiro, para que fizesse esse aliciamento das menores”, afirmou o delegado

Lorena Marques, 24, foi presa por ser apontada como membro da rede de pedofilia comandada pelo padre Paulo Araújo da Silva, 31 no município de Coari. A prisão ocorreu na rua Valdencio, bairro Tauá Mirim, comunidade Izidoro, zona rural da cidade.

De acordo com o delegado José Barradas, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, em continuidade às investigações, foi descoberto que uma pessoa que prestava serviços para o padre Paulo na paróquia local também estaria envolvida no esquema criminoso, e esta seria Lorena.

“Ela trabalhava na paróquia e tinha a função dele era aliciar as menores da diocese. Não temos informações se ela recebia algo a mais do Padre, como dinheiro, para que fizesse esse aliciamento das menores. Até o momento era mais por questão de amizade mesmo. As investigações continuam, pois há possibilidade de mais pessoas envolvidas nesse esquema de pedofilia”, acrescentou. 

Ainda conforme o delegado, após a decisão judicial, que permitiu o acesso aos vídeos que existem no aparelho celular do padre Paulo, apreendido no momento da sua prisão, apontou a existência de possíveis outros abortos.

“Aos poucos aparecem as vítimas na delegacia, não posso dar o número preciso de vítimas, para não atrapalhar as investigações, mas até agora não chega a des, porém é superior só que nos tínhamos na primeira fase das prisões que eram quatro”, explicou o delegado.

 Primeira fase

 Padre Paulo Araújo da Silva, 31, foi preso com mais de 260 mídias de sexo explícito do sacerdote com essas meninas, segundo delegado José Barradas, titular da Delegacia Interativa de Políicia (DIP) de Coari. Ele foi preso no dia 18 de agosto, no mesmo município.

O modus operandi do padre, não só com a adolescente de 17 anos, como com outras vítimas já identificadas, todas com envolvimento na paróquia que o padre atuava, era o mesmo de qualquer outro abusador: ele se utilizava da violência psicológica e ameaças para que as vítimas não o denunciassem e nem que deixassem o relacionamento sexual com ele.

Francisco Rayner Barros, de 34 anos, foi preso no dia 22 de agosto. Ele é amigo do padre e segundo a polícia, ajudou com a provocação do aborto da adolescente fornecendo a medicação. O feto foi expelido e enterrado no quintal da casa de Francisco, conforme comprovado por fotos e pelo depoimento da vítima.

Por meio de nota, o padre Josinaldo Plácido da Silva, chanceler da Diocese de Coari, manifestou seu repudio a toda forma de abuso e exploração. Igualmente, a diocese mostrou sua solidariedade as vítimas e a suas famílias, colocando-se prontamente disponível para acompanhar a ajudar na superação dos traumas provocados pelos abusos e finalizou pedindo perdão a Deus diante do grave crime que atenta contra a dignidade humana e escandaliza a fé dos pequenos.

 Procedimentos

 Lorena Marques responderá por exploração sexual infantil e associação criminosa e está à disposição da Justiça.

Por A Crítica

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