Estado tem 50 municípios em situação de emergência, 10 cidades em alerta e 2 em normalidade. Cerca de 138 mil famílias são afetadas pela estiagem.
A seca severa que atinge o Amazonas já afeta 557 mil pessoas em todo o estado, conforme boletim da estiagem divulgado pelo Governo, nesta segunda-feira (16). A capital Manaus, inclusive, já vive a pior seca em mais de 120 anos de história.
Segundo a Defesa Civil do Estado, até as 14h, havia 50 municípios em situação de emergência, 10 cidades em alerta 2 em normalidade. Cerca de 138 mil famílias são afetadas.
Nesta segunda-feira , o rio Negro superou a cota histórica de estiagem de 2010, ao atingir a marca de 13,59 metros, quatro centímetros abaixo da vazante de 2010, que até então era a maior da história do estado, com a marca de 13,63 metros.
De acordo com a medição feita pelo Porto de Manaus, o rio Negro baixou 32 centímetros entre sábado e hoje. As medidas do final de semana foram: menos 13 cm no sábado; menos 9 cm no domingo; menos 10 cm nesta segunda-feira.
Enquanto em Manaus, o Rio Negro seca, em Tabatinga, o Rio Solimões inicia o fenômeno do “repiquete”, que é a subida e a descida das águas ocorrendo ao mesmo tempo. Na segunda (9), o rio estava em -71 centímetros. Na quarta (11), -61 centímetros e já na sexta-feira (13), ele voltou a descer e estava medindo -67 centímetros. Os dados são do Proa Manaus.
A situação é a mesma em Iquitos, no Peru, onde o Rio Amazonas media 76,58m na quinta-feira (5). As águas subiram para 76,84 metros no domingo (8) e desceram para 76,61m na sexta-feira (13).
De acordo com a Gerência de Encaminhamento e Acompanhamento (GEA), que vem fazendo o monitoramento da vazante dos rios Negro e Amazonas, a tendência é de que o volume dos rios continue baixando até o final deste mês.
Medidas adotadas pelas autoridades
O Governo do Amazonas adotou, desde janeiro de 2023, medidas para enfrentar e amenizar os impactos da estiagem e tem enviado ajuda humanitária como cestas básicas, kits de higiene, água potável, medicamentos, entre outras medidas, para as famílias afetadas pela seca no estado.
No dia 12 de setembro, o governador Wilson Lima assinou decreto de Situação de Emergência Ambiental em municípios das regiões Sul do Amazonas e Metropolitana de Manaus e apresentou o plano de ação estadual para a Operação Estiagem 2023.
No dia 29 de setembro, o governador instituiu o Comitê de Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental e também decretou situação de emergência em 55 municípios do Amazonas afetados pela seca severa que atinge o estado.
Conforme levantamento realizado pela Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil Municipal (Sepdec), 63 comunidades rurais ribeirinhas de Manaus estão sendo afetadas pela severa estiagem deste ano.
Por conta disso, uma força-tarefa foi montada pela Prefeitura de Manaus, nos últimos dias, para levar cestas básicas, água potável e itens de higiene às famílias afetadas pela seca dos rios.
Por G1 Amazonas