Wilson Lima apresenta projetos de economia e sustentabilidade para potenciais investidores chineses

Entre os projetos destacados estão o modelo Zona Franca e iniciativas como Escola da Floresta, Guardiões da Floresta, Água Boa e Amazonas 2030

Cumprindo agenda na China o governador Wilson Lima apresentou, nesta quarta-feira (10/01), a potenciais investidores oportunidades de investimentos no estado, a exemplo da Zona Franca de Manaus e de programas de sustentabilidade já desenvolvidos pelo Governo do Amazonas como o Guardiões da Floresta, o Escola da Floresta, o Água Boa e o recém lançado Amazonas 2030.

Os projetos que preveem captação de investimentos foram apresentados durante um dos encontros do “Brazil China Meeting”, evento realizado pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais e pelos jornais Valor Econômico e O Globo e que reúne as principais lideranças e investidores dos dois países em programação que segue até o próximo sábado (13/01).

Ainda nesta quarta, o governador esteve com Deng Young, presidente da China Railway Construction Corporation (CRCC), empresa de construção e engenharia, que está há 75 anos no mercado e é um dos grupos mais fortes do país asiático, responsável por importantes projetos de ferrovias e construção civil em portos e aeroportos. 

Wilson Lima e Deng Young falaram sobre os desafios de mobilidade, infraestrutura e logística. O empresário demonstrou interesse em investir em projetos de sustentabilidade no Amazonas.

“A China é um player importante, é um parceiro econômico significativo, é um dos mais importantes parceiros econômicos do Brasil. O Amazonas está inserido nesse contexto e, claro, quanto mais investidores a gente puder captar para o estado do Amazonas melhor ainda e esse é nosso objetivo ao vir aqui”, destacou o governador Wilson Lima.

 Potencialidades

 Em discurso aos presentes no encontro realizado pelo LIDE, o governador Wilson Lima destacou alguns dos programas e modelos exitosos do Amazonas e disse que em comum possuem a garantia de desenvolvimento econômico e sustentável, beneficiando a população amazonense, preservando a floresta e contribuindo com o clima no mundo.

“É importante que a gente faça essas visitas e essas agendas para mostrar o potencial do estado do Amazonas e as possibilidades que a gente tem. E é resultado dessas agendas que estamos fazendo desde 2019 que muitas empresas já foram se instalar na Zona Franca de Manaus e muitas delas já ampliaram investimentos”, reforçou o governador, que exibiu um vídeo destacando as iniciativas do estado que podem receber investimentos.

 Zona Franca de Manaus

 Modelo econômico mais exitoso do estado no aspecto socioeconômico, o Polo Industrial de Manaus (PIM) possui mais de 500 empresas instaladas, gerando 115 mil empregos diretos e mais de 500 mil diretos e indiretos, ajudando a manter preservada 97% da cobertura florestal do estado. 

As indústrias instaladas contam com benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus, incentivos garantidos até 2073. Além disso, o Governo do Estado concede isenção estadual de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que varia entre 55% a 100% do imposto.

A Zona Franca de Manaus abriga alguns dos maiores mercados exportadores do mundo como: o de concentrados para refrigerantes e o de motocicletas. Entre os principais destinos das exportações do Amazonas estão países como a Argentina, Colômbia, Venezuela, Alemanha, China, Bolívia e Estados Unidos.

 Amazonas 2030

 Lançado na conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP 28), no início de dezembro nos Emirados Árabes, o Programa Amazonas 2030 é voltado à redução do desmatamento no estado, que será executado com recursos arrecadados a partir da venda de créditos de carbono. O objetivo é alcançar o desmatamento líquido zero no estado nos próximos seis anos.

Além de ser um chamado do Governo do Estado para a realização de ações concretas de conservação do bioma amazônico e melhoria da vida das pessoas, o novo programa prevê eixos de atuação como: Mitigação das Mudanças Climáticas e Conservação e Desenvolvimento Sustentável.

A proposta é ainda sensibilizar países e nações desenvolvidas para sua responsabilidade com o financiamento de iniciativas que cooperem com regiões mais pobres, com o objetivo de vencer o duplo desafio de diminuir drasticamente o desmatamento e reduzir a pobreza prevalente nessas regiões.

 Água Boa

 O programa Água Boa busca fornecer água potável a comunidades do interior sem acesso à água tratada por meio de sistemas simplificados de abastecimento e Estação de Tratamento de Água Móvel (Etam), coletando água dos rios e a tornando própria para o consumo.

Idealizado e implementado em 2019, primeiro ano da gestão Wilson Lima, são mais de 500 purificadores e sistemas simplificados de abastecimento, instalados em 52 dos 62 municípios do Amazonas. O programa é desenvolvido pela Defesa Civil e Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama).

 Guardiões da Floresta

 Considerado um dos maiores sistemas de Pagamentos por Serviços Ambientais do planeta, o programa Guardiões da Floresta beneficia atualmente 8,2 mil famílias que vivem em 28 Unidades de Conservação Ambiental, sendo pagas pelo governo estadual para cuidar e monitorar a floresta.

Na prática, populações tradicionais que assumirem o compromisso formal do desmatamento ilegal zero e a participação em atividades que promovam a conservação serão recompensadas financeiramente pelo serviço ambiental prestado. São contemplados ribeirinhos das Unidades de Conservação e pequenos agricultores que vivem ou usufruem do entorno das UC e assentamentos.

 Escola da Floresta

 As Escolas da Floresta estão planejadas para áreas de preservação ambiental, onde já há ocupação humana. São construídas de forma sustentável e ensinam tecnologia, inovação e sustentabilidade às pessoas que vivem em locais isolados ou de difícil acesso.

O modelo foi todo projetado para ter baixo impacto ambiental. Os conteúdos pedagógicos buscam a promoção da sustentabilidade socioambiental; a preservação de recursos naturais, como a fauna, a flora, o solo e recursos hídricos de forma socialmente justa e economicamente viável.

Por A Crítica

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