Os dois homens soterrados foram resgatados pelos agentes do Corpo de Bombeiros e levados para unidades de saúde da capital. Ao menos 10 homens trabalhavam na obra que não tinha autorização para ser executada
Dois homens foram soterrados por um deslizamento de terra nesta terça-feira (12) em um canteiro de obras no conjunto Duque de Caxias, bairro Flores, Zona Centro-Sul. Uma das vítimas foi encaminhada para o Hospital e Pronto Socorro 26 de Agosto. A obra não tinha autorização para ser executada e foi embargada pela prefeitura de Manaus.
Segundo os moradores do conjunto, dez homens trabalhavam na escavação de um barranco quando o deslizamento aconteceu, por volta de 10h da manhã desta terça-feira. Do grupo de trabalhadores, dois foram atingidos e ficaram soterrados. Uma equipe de obras da Secretaria Municipal de Infraestrutura, que fazia um trabalho de drenagem na rua onde o incidente ocorreu, foi a primeira a prestar socorro com a ajuda de uma retroescavadeira que retirou a maior parte do barro.
Resgate
Em seguida, uma equipe com 12 agentes do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas chegou ao local para iniciar o processo de resgate. A primeira vítima foi resgatada em poucos minutos, mas a segunda estava em uma situação mais crítica.
Os bombeiros tiveram que escavar uma abertura para que o trabalhador conseguisse respirar através de um balão de oxigênio e logo após deram continuidade na escavação ao redor dele. Ao ser retirado, foi estabilizado e recebeu atendimento pré-hospitalar.
As vítimas foram encaminhadas conscientes para unidades de saúde, sendo uma delas o Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, no bairro Adrianópolis, também na Zona Centro-Sul.
Risco de mais desabamentos
A obra na qual os trabalhadores atuavam trata-se de um galpão. Segundo os moradores da rua Parneiras, ela começou no dia 2 de janeiro deste ano, mas não havia nenhuma placa de autorização para que fosse executada. Uma equipe do Instituto Municipal de Planejamento Urbano foi até o local e constatou que a obra não possuía licenciamento e, portanto, foi embargada tanto por não possuir a liberação para ser realizada quanto por apresentar riscos para as pessoas e outras construções.
Como resultado do deslizamento de terra, pelo menos duas casas correm o risco de desabar. Os moradores da área afirmaram que já fizeram denúncias sobre a obra para a defesa civil, mas os trabalhos continuaram.
Por A Crítica