Advogado de ‘Bonde dos Playboys’ diz que o trio se apresentou à polícia e está com vergonha

Os jovens foram filmados cometendo pelo menos nove crimes, na conta da polícia, durante arruaças em madrugadas de Manaus

“Eles estão envergonhados”, disse o advogado Affimar Cabo Verde, que defende os procurados Enrick Benigno Lima, 20, Marcos Vinícius Mota da Silva, 18, e Pedro Henrique de Carvalho Baima, 20, que ficaram conhecidos como ‘Bonde dos Playboys”, após divulgações de vídeos em que aparecem cometendo pelo menos nove crimes, durante arruaças em madrugadas de Manaus.

Eles eram considerados procurados pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) após a operação Sangue Azul ter sido deflagrada na segunda-feira (21), quando foram apreendidas munições de pistola calibre .380 e aparelhos celulares que serão periciados.

Ainda conforme o advogado do “Bonde dos Playboys”, o trio não possui nenhum tipo de antecedente criminal e, além deles, a família também está sofrendo com a situação dos jovens, que se filmaram comentando crimes na capital.

“É importante esclarecer que as pessoas que estão envolvidas são pessoas normais, com nenhum tipo de antecedentes criminais, pessoas de bem, pessoas que têm família e que naturalmente estão sentindo muito todos os efeitos negativos que ocorrem de toda publicidade que é dada. É por isso que nós adiantamos para prestar os esclarecimentos necessários”, disse o advogado.

Segundo a defesa, eles ainda não tiveram acesso a nenhum tipo de documento relacionado ao pedido formulado pela PC-AM e pelo Tribunal de Justiça do Amazonas sobre os fatos que levaram aos decretos de busca e apreensão e também de prisão temporária. 

“Ao meu entender, era totalmente desnecessário, com todo respeito (ao delegado Cícero Túlio). Tanto assim, que todos eles poderiam ter sido intimados nas suas residências e não foram. Não há nenhum tipo de informação a respeito disso. É procedimento padrão, em qualquer tipo de investigação, em que não há flagrante, que se opte, no primeiro momento, que as pessoas sejam intimadas para comparecer de forma tranquila, para prestar esclarecimentos na delegacia” acrescentou Cabo Verde.

Segundo o advogado de Enrick, Marcos e Pedro, todos compareceram na noite de ontem (22), no 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), por volta das 23h, para prestar esclarecimentos, todavia, não puderam ser recebidos por incompatibilidade na agenda do delegado, que também está à frente, de forma interina, do 24° DIP. 

“Lamentavelmente não foi possível, porque o delegado informou que está respondendo por outro distrito e não poderia nos atender, sendo nos dada uma certidão que essa oitiva só poderia acontecer na próxima quarta-feira (30), mas é um direito deles se pronunciarem sobre o ocorrido. Nós ratificamos que estamos a disposição para prestar esclarecimentos. Então é importante que se aguarde um momento oportuno para que os envolvidos possam fazer suas considerações e esclarecer o que de fato aconteceu”, finalizou o advogado.

Em documento formulado pela defesa e dirigido ao delegado, o advogado recorre ao Código Eleitoral para manter o trio em liberdade. Essa legislação estabelece que, cinco dias antes e 48 horas depois das eleições, só podem ser presos eleitores se houver flagrante ou em caso de sentença criminal condenatória (após julgamento) por crime inafiançável.

 PROCURADOS

Enrick Benigno Lima, 20, Marcos Vinícius Mota da Silva, 18, e Pedro Henrique de Carvalho Baima, 20, foram considerados fugitivos da justiça após decretação de sua prisão temporária.

“Eles irão responder por cerca de nove crimes”, disse anteriormente o delegado titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Cícero Túlio. De acordo com o delegado, os suspeitos aparecem em vídeos divulgados nas redes sociais colocando a vida de pessoas em risco, durante a madrugada, nas ruas de Manaus.

Por A Crítica

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