Doenças do coração matam mais de 400 mil pessoas por ano no Brasil

Dia Mundial do Coração, comemorado no dia 29 de setembro, chama a atenção para prevenção das doenças cardiovasculares

Reprodução

O coração simboliza sentimentos como o amor, o afeto, a partir de um simples gesto com as mãos curvadas, tocando os dedos. O músculo serve não apenas como um elo emocional entre os seres humanos, como biologicamente é a parte mais importante do corpo, exigindo todos os cuidados para garantir o fornecimento de alimento e oxigênio para as células.

No Brasil, segundo números do Ministério da Saúde, mais de 400 mil pessoas vão a óbito por doenças cardiovasculares por ano, o equivalente a uma vítima a cada 90 segundos. A prevenção contra os riscos ao coração deve ser redobrada em tempos onde o estresse, a ansiedade, a má alimentação e hábitos inadequados fazem parte da rotina.  

Em primeiro lugar na lista de doenças no coração mais comuns entre os brasileiros, conforme o cardiologista Rizzieri Gomes, está a hipertensão, conhecida como pressão alta. A doença costuma ser silenciosa tanto na fase inicial quanto em pacientes sabidamente hipertensos.“A cada dez pessoas que têm pressão alta, oito não sentem absolutamente nada. É importante termos clareza que se a gente não faz a aferição, a verificação da pressão, muitas vezes não sabemos”, alertou o especialista ao citar que a Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda às pessoas não hipertensas a verificarem a pressão pelo menos uma vez por ano.

Riscos

A frase “com o coração não se brinca” deve ser levada a sério em todos os sentidos na vida, principalmente em relação à saúde. Isso porque quando se fala em doença cardiovascular, é impossível deixar de citar o alto grau de mortalidade de algumas enfermidades como o infarto. O Ministério da Saúde estima que 300 mil indivíduos por ano sofrem da doença, ocorrendo mortes em 30% dos casos.

Outra doença fatal é o chamado Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das maiores causas de mortes e internações no mundo. No AVC, os vasos que levam o sangue ao cérebro sofrem um entupimento ou se rompem, ocasionando em uma paralisia da área cerebral.

De acordo com o cardiologista, pacientes com alto grau de sedentarismo estão mais vulneráveis a não sentirem os sintomas de uma doença cardiovascular, e consequentemente mais expostos ao risco. Em comparação, pessoas praticantes de atividades físicas conseguem notar de forma mais clara os sinais da doença.“No sedentário, muitas vezes a doença passa despercebida e infelizmente abre num quadro agudo. Se você sente um cansaço desproporcional ao esforço, que piorou nos últimos seis meses sem nenhum outro motivo agregado, busque um médico porque pode ser um sinal de doença cardiovascular”, destacou Rizzieri, ao pontuar dores espalhadas no peito, aperto ou queimação como alguns indicativos.

Mudanças

Para ter um coração saudável e manter a plenitude do corpo, o esforço precisa fazer jus ao que ele representa. Praticar ao menos 30 minutos de atividade física por dia, em qualquer idade ou modalidade, não fumar, reduzir ou evitar o consumo de bebida alcoólica e manter uma alimentação balanceada são cuidados básicos que evitam doenças cardiovasculares.“Esses fatores são os principais na hora da prevenção que cada pessoa pode fazer. Além disso, para as pessoas que têm doenças pré-existentes, ter um acompanhamento regular, buscar as taxas adequadas, seja de pressão, seja de glicose, colesterol, ou seja, manter o acompanhamento médico”, frisou.

O especialista argumenta que a procura por assuntos relacionados à saúde e bem-estar aumentaram, no entanto, ainda está em desarmonia com os comportamentos da sociedade. Manaus, por exemplo, é a capital com maior número de obesos do Brasil, segundo pesquisa feita pela Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso).“Lembre que saúde é questão de escolha e de prioridade. A maioria das pessoas diz que a maior dificuldade é falta de tempo, mas em média o brasileiro passa duas horas e meia em frente a uma tela. Se você fizer 30 minutos de atividade física por dia, você vai estar ganhando saúde, e ela não está nos comprimidos que você toma”.

Fonte: A Critica

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