Mortes por dengue sobem para 11 no Amazonas; Rio Preto da Eva tem risco baixo

Segundo boletim da FVS, 50 dos 62 municípios já apresentam infecção por Aedes aegypti

O Amazonas registrou mais duas mortes por dengue no mês de novembro. Com isso sobe para 11 o total de mortes pela doença de janeiro até o dia 30 de novembro de 2023. Os dados constam no último informe epidemiológico emitido mensalmente pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP).

Ainda segundo o boletim da FVS, o número de notificações de dengue subiu de 760 para 792, de outubro a novembro. Acumulando o total de 15.460 notificações de dengue em todo o Amazonas até agora. A faixa etária dos pacientes com mais notificações é a de 20 a 39 anos, com 5.653 casos (representando 36,6% do total). Em seguida, vem os pacientes de 40 a 59 anos com 3.325 casos registrados (21,5%).

Na última terça-feira (19) o órgão alertou que o Estado já apresenta médio risco de infecção pelo Aedes aegypti, tendo 50 de 62 municípios com infestação do mosquito transmissor da dengue e outras arboviroses como zika e chikungya. Entretanto, o maior alerta vale para três municípios que já se encontram em alto risco de infecção, sendo eles: Guajará, Japurá e Tonantins.

O relatório consta no 4° Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2023. A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que, durante o período chuvoso no Amazonas, as medidas preventivas contra o mosquito devem ser constantes.

“Principalmente nessa época chuvosa, que também é a da sazonalidade da dengue, os cuidados devem ser mantidos para evitar a infestação do Aedes aegypti e, consequentemente, a doença”, pontua a diretora.

Aumento de notificações na capital

Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, mostram que Manaus já registrou este ano 2.490 casos notificados de dengue, o que representa um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já em relação aos casos confirmados, Manaus registrou este ano 549 casos, em uma redução de 50,1%, em relação ao mesmo período de 2022.

O chefe do Núcleo de Controle de Agravos Transmitidos por Aedes da Semsa, Edvaldo Rocha, informou que ações de prevenção e controle estão realizadas na rotina de serviços durante todo o ano, incluindo monitoramento da ocorrência dos casos, mas intensificando o trabalho com o início do período de chuvas, que potencializa o aumento de criadouros do mosquito.“O trabalho envolve o monitoramento das áreas identificadas como de maior vulnerabilidade e também os locais considerados como pontos estratégicos, que são locais com maior número de depósitos que podem servir como criadouros. É o caso de borracharias e de ferros-velhos, que são vistoriados de 15 em 15 dias, quando são feitas ações para tratamento ou eliminação dos depósitos, e orientação para conscientizar os proprietários”, destaca Edvaldo Rocha.

Bairros em alta vulnerabilidade

De acordo com Edvaldo Rocha, a Semsa também está desenvolvendo ações seguindo diagnóstico de vulnerabilidade elaborado com informações do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em Manaus no período de 06 a 22 de novembro, e da notificação de casos de dengue, chikungunya e zika.

O LIRAa apontou um índice de infestação predial de 1,5%, mantendo o município em Médio Risco para as doenças transmitidas pelo mosquito, e identificou nove bairros em Alta Vulnerabilidade: Redenção, Alvorada, Lírio do Vale e Compensa (Disa Oeste); Cidade Nova e Novo Israel (Disa Norte); Jorge Teixeira (Disa Leste); e Morro da Liberdade e Aleixo (Disa Sul).

Plano de contingência

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), constituiu uma comissão para elaboração do Plano de Contingência das Arboviroses. Segundo a coordenadora da comissão, Viviana Cláudia de Paula Almeida, está sendo elaborado um Plano de Contingência das Arboviroses para o município de Manaus está sendo feita a partir do trabalho de servidores da Semsa divididos em quatro subgrupos: Mobilização Social, Educação em Saúde e Comunicação; Controle Vetorial; Rede de Atenção à Saúde; e Resposta Rápida e Análise de Dados.“A ideia é a construção de um plano prevendo a execução de ações em vários cenários, incluindo o pior cenário com epidemia e mortes por dengue, mesmo que não ocorra. É um planejamento prévio, com ações que poderão ser executadas de acordo com a situação epidemiológica do momento. A comissão vai manter a vigilância em relação ao número de casos, ao nível de infestação do Aedes aegypti, e manter a rede de saúde pronta, notificando os casos suspeitos, atenta aos sinais de agravamento da situação de saúde dos pacientes e monitorando os tipos de vírus circulando no município”, informa a coordenadora.

Situação dos municípios

No 4º LIRAa de 2023, os municípios que apresentam baixo risco são: Anori, Apuí, Atalaia do Norte, Autazes, Barcelos, Beruri, Boca do Acre, Boa Vista do Ramos, Careiro, Codajás, Fonte Boa, Iranduba, Itapiranga, Itacoatiara, Manacapuru, Manaquiri, Maraã, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Novo Aripuanã, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Santo Antônio do Içá e Urucurituba.

Já os de médio risco são: Alvarães, Benjamin Constant, Borba, Carauari, Coari, Eirunepé, Envira, Humaitá, Ipixuna, Jutaí, Lábrea, Manaus, Manicoré, Novo Airão, Tabatinga, Tapauá e Tefé.

Apresentando alto risco, segundo o 4º LIRAa, são os municípios: Guajará, Japurá e Tonantins.

Por A Crítica

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